O filme jeitosinho. A história - muito freak - bem pensada. O final emocionante.
Contudo venho por este meio deixar algumas reclamações ao Estranho Caso de Benjamim Botão.
1. O filme é longo. Loooooooogo. Muuuuuuuito mais longo do que seria necessário.
Que tal perder as cenas históricas que não interessam nem ao menino Jesus? Para isso, tinha ido ver o Valquíria.
2. O problema essencial não é o filme ter três horas. É que, destas, apenas cerca de 40 minutos têm o Brad na sua melhor forma.
As duas primeiras alternam entre o Brad caquético e o Brad simplesmente-velho. E os últimos 20 minutos alternam entre o Brad adolescente-de-botox-na-cara e o Brad bébé.
3. Ao longo do filme ninguém estranha ele ser branquinho e loirinho, quando os supostos pais são negros.
4. Tendo o velho/rapaz uma doença do mais estranho que já se ouviu falar, ninguém - repito NINGUÉM - ficou chocado com o assunto.
NENHUM cientista o quis estudar.
NENHUM jornalista quis fazer a reportagem da sua vida sobre ele (nem a Judite de Sousa para a Grande Entrevista).
NENHUM homem do espectáculo o quis meter numa jaula para cobrar bilhetes às pessoas que o quisessem ver - mais 20 dólares para lhe tocar.
5. Por último, queixo-me porque as legendas estavam esquisitas. Isso se calhar não é culpa do filme MAS DE QUEM ME CONVIDOU PARA VER A VERSÃO PIRATEADA.
Expressões como "as minhas cópias" em vez de "os meus filhos", ou "that's casa no verão" marcaram indelevelmente esta minha experiência.
Perdeu-se o drama e ganhou-se uma pitada de comédia. E não é bom rir de uma pessoa que nasce enrugada daquela maneira.
Cena Favorita: O acidente da mocinha. O encadear e a possibilidade do não-encadear dos acontecimentos.
Idade favorita do BB: 40s (perfeito! perfeito!)