*Marlene tira um pouco de dignidade, não? A que lhe reste, de qualquer forma...
Este fim de semana fiz algo que já não fazia há muito tempo: dar uma voltinha na imprensa cor-de-rosa. Foi uma leitura na diagonal, daquelas onde apenas os títulos contam a história.
Mas (há sempre um mas) na edição nº 1586 da revista Maria, sob a rubrica Revelação, vejo como título a afirmação da estimadíssima Ruth Marlene "Podia ter morrido".
Com mais um olhar percebi que era uma história passada há dois anos e pensei para comigo que uma "revelação" de há dois anos contada agora na primeira pessoa, tinha de ser uma grande história. Sem demoras, atentei na notícia.
A história em duas palavras é o seguinte:
Ruth ia para o seu jantar de aniversário e, trocando as habituais mini saias (se é que ao menos isso se lhe pode chamar - àqueles pedaços de pano), decidiu envergar suas calças novas, recém arranjadas pela costureira.
De repente...sente uma picada na perna. Baixou as calças com destreza. Mas já não viu nada. O que era? Um alfinete, certamente esquecido pela costureira, que lhe entra - atrevido - pela perna adentro.
E agora já perceberam. Ela podia ter morrido. De alfinetada!
E é triste, julgo, morrer-se de alfinete. Não é mais digno do que chamar-se Ruth Marlene. Ou usar roupas sluty, confeccionadas pela própria mãe.
Morrer de agulha, ainda aceito. Mas alfinete...não me entra! (nela entrou)
E agora páro de gozar que o assunto é sério. Porque quando um destes indívíduos - leia-se alfinetes e afins - entra nos vasos sanguíneos pode espetar-se em qualquer lado. Cérebro e coração, sobretudo, não dá jeito. Dá morte.
A própria Ruth só percebeu a gravidade da situação quando se viu rodeada de médicos. É que ainda por cima o coração não pára de bombear e o alfinete está sempre em movimento. No caso dela parou numa perna. Teve sorte.
O máximo que ganhou foi uma cicatriz.
E aqui se vê o quão traumatizante foi esta experiência de quase-morte de Ruth: ficou com tanto medo de agulhas que...tapou a cicatriz com uma tatuagem. A oitava, na verdade. sem contar o piercing debaixo do lábio.
E agora, que tenho os caros leitores comovidos com a história, já nem me vou alongar sobre o outro título que me chamou a atenção. O "Na Saúde e na Doença", que se referia a Carolina Patrocínio e o jogador de rugby com quem ela tem treinado. "Na Saúde e na Doença" porque mesmo com o que ela está a passar ele não a abandona e dá-lhe todo o apoio. E por que está a passar ela?...Bom, uma operação às amígdalas. Gravíssimo. Espero que o atleta tenha estofo psicológico para ultrapassar isto com ela.
E, ainda em relação ao alfinete, que acham as juristas-comentadoras? Há fundamento para Ruth processar a costureirinha?