Há ensinamentos que nos chegam das mais variadas formas. Nada substitui a experiência própria, mas há umas quantas coisas que é preferível aprender pela experiência dos outros que passar pelas situações em si.
Numa perspectiva meramente didáctica trago até vós os ensinamentos que sempre estiveram lá, mas estávamos demasiado ocupados com o restante cenário para reparar – os trazidos pelas personagens de desenhos animados.
Hoje é Capuchinho Vermelho quem nos dá a lição.
Em poucas palavras a história consiste nisso ela vai levar doces à avó, mas um lobo trapaceia-a, chega primeiro. Come avó primeiro e neta depois. Mas chega o caçador das redondezas para salvar o dia, matando o lobo e retirando as duas do seu ventre, inteirinhas.
Foi este o acontecimento que mudou a sua vida.
Capuchinho Vermelho ensina-nos:
Como esquecer uma experiência traumatizante.
Poucos sabem que ela é na verdade Chapéuzinho Vermelho, veio do Brasil há vários anos trabalhar para uma casa de alterne em Bragança, mas depois de um escândalo mudou de vida. Foi nessa altura que adoptou a nacionalidade portuguesa, adaptando o seu nome.
Tudo para esquecer o acontecimento acima descrito.
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Foi uma sorte" conta ela, enquanto tricota um cachecol para enfrentar as agruras do Inverno. Ainda hoje, não se habituou ao clima mediterrânico.
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Apesar de tudo, foi uma sorte. Não só porque o Sr. Vítor [o caçador]
apareceu, mas também, e em primeiro lugar, porque o lobo não mastiga bem a comida".
Recorda como, sucos gástricos à parte, saiu quase ilesa do estômago do animal.
Depois do falecimento da sua avó, que, descobriu-se depois, sofria de diabetes, e da recusa de aperfilhamento do caçador, Capuchinha viajou para se afastar dos problemas.
É esse o conselho que ela tem para dar. NÃO evitar os problemas, mas uma vez que mais nada se pode fazer, tentar arrumar o assunto e tocar a vida para a frente.
Ainda hoje, quando passa à mata do Pedrogão, recorda esse episódio triste da sua vida.
Mas tenta sempre centrar-se nos aspectos positivos, como a maneira como o lobo ficava ridículo com a touca da avó.
Obrigada, Capuchinho Vermelho.
E parvoíces à parte, concordo (ou não tivesse sido eu a escrever) que é esta a maneira certa de agir: arrumar a cabecinha, seguir com a vida, e apenas recordar o que é bom (tendo já aprendido com o que de mau passou).
Não?
Próximo (ou não):
HOW TO by Noddy - Como envergar um lenço ao pescoço e continuar a parecer homem
Já editados:
HOW TO by Bela - Como fazer a besta do seu namorado tornar-se num príncipe?
ahahah, só te digo isto : bru-tal!
estou ansiosa pelo How to do Noddy!!
De Um Gajo Qualquer... a 12 de Maio de 2009 às 17:18
Ter sempre atenção à moral da história...
;)
uau, a única moral que tirei desta história foi: deves assumir os teus filhos se não queres acabar na boca (ou estômago) do lobo!
pergunto-me também se ele não deixou piolhos na toca. isso era dramático pra avó, que não é capaz de levar o braço graças às artroses ou artrites ou qualquer coisa assim, e para a capuchinho que tinha que passar o seu tempo a catar os piolhos da cabeça da velha!
De saltos altos vermelhos a 12 de Maio de 2009 às 18:21
Fantástico mesmo!
Pois deu para perceber a (tua) moral da história :), agora fico á espera do nody . Cá em casa tenho um fã do nody ... bjs
Hoje estava a precisar de ler uma história com uma moral assim. Vou tentar concentrar-me no aspecto positivo da coisa (se bem que assim de repente não estou a ver nenhum mas lá chegarei, tal como o capuchinho!!)
De
Carla a 13 de Maio de 2009 às 14:54
Estou ansiosa pela do Noddy!!!
Achava que a moral era
"Nâo procures o príncipe encantado, prefere sempre o lobo mau, porque ouve-te melhor, vê-te melhor e come-te melhor"
LOLOL só tu!! O que eu me ri...
Já estou ansiosa pelo Noddy, quero ver o que sai daí!!:)))
bjss**
De
Té a 14 de Maio de 2009 às 23:45
Ainda bem que vos divirto com as minhas patetices - sim patetices - porque se não lhes der forma no blog, pode resultar mal com pessoas que me oiçam e achem que eu nao bato bem (juro que sou sã). Lol
Quantos fãs tem o Noddy, meu Deus?? Tudo quer saber como ele faz para usar com dignidade aquele lencinho ao pescoço!
Eheh
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