É que depois do Po-po-po-po-po-poker po-po-po-poker face.
E do papa-papa-paparazzi.
Vem isto?!
Rah-rah-ah-ah-ah-ah!
Roma-roma-mamaa!
Ga-ga-ooh-la-la!
Que além de denotar gaguez é sem dúvida a prova de que a miúda é alienigena.
Chamem-me elitista. Não seriam os primeiros a fazê-lo.
Só porque gosto daquela música que deixa sentir os instrumentos - sendo por vezes o instrumento a voz - um de cada vez, em vez de todos ao mesmo tempo. Gosto do saxofone alto no meio do jazz e da guitarra portuguesa no meio do fado. E gosto tanto do piano, mesmo a solo.
Gosto pois de Tony Bennett e Frank Sinatra e Peggy Lee. De Harry Connick Jr. Bem como gosto das versões mais modernas das músicas dos primeiros do Bublé e da Diana Krall.
Como diz o André Sardet (de quem, aliás, gosto menos), gosto porque gosto, gosto porque sim.
Elitista? Talvez. Com bom gosto? De certeza.
É lá possível não gostar disto...
P.S.: À parte disso também gosto, ah pois, da música mais comercialuxa, das txicabum para dançar, das pseudo-lamechices (as músicas de amor nunca passam de moda, dizia alguém), do rock e do hip-hop, e, graças ao meu colega mais novo, até do heavy metal que não aleija muito os tímpanos.
Continuando o meu exercício de prestação de serviços à comunidade por ser má pessoa de quando em vez (especialmente para o Rui Veloso) e porque acredito que o mundo será um sítio melhor quando esta mensagem estiver espalhada (mais que a "palavra do Senhor") deixo-vos com o inigualável e brilhante Graciano Saga.
Oiçam aquela que acredito ser a música mais consciente (e fonte de boas gargalhadas) do mundo - e quiça de Portugal.
Como não tem imagem, podem continuar a fingir que trabalham, enquanto escutam emocionados esta balada.
Nota.: Por favor, não mostrem esta música à minha vizinha Maria, emigrante de França que eu não quero apoquentar a senhora. Já a consigo ouvir dizer "Esta Telma é cozida" com o seu sotaque do interior e os trejeitos franceses.
Atrevam-se ainda a decobrir outros mega hits do grande artista, também conhecido como o serial killer da música popular portuguesa, como "Porque Choras Criancinha" ou a revelação erótica "Mulheres Peludas".
Persétume é aquela banda da música que andou aí nos lábios e colunas do carro de toda a gente. O Intervalo, com Rui Veloso.
Sim, Persétume. Não é assim que isto se lê? Per7ume?
Tem um sete no meio, é Persétume.
"Ohhh" já vos consigo ouvir a derreter com a lembrança da melodia e dos momentos bem passados ao som da dita.
Então tirem o sorriso parvo dos lábios e atentem na letra. Descubram como a mensagem é superficial.
Se é da praxe comentar músicas em blogs, eu gosto mais de analisar as letras das mesmas.
Só porque às vezes me parece que os intérpretes não se apercebem do que estão a cantar e a afirmar sobre si.
Por exemplo, o Anel de Rubi, do Rui Veloso.
Se ainda não estão a ver qual é a música entoem assim "Tu eraaas aaaaaquelaaa...".
Já chegaram lá?
...a sentar-me na cadeira do cinema e ter o impulso de pôr o cinto de segurança?
Aposto que sim.
E...Slamdog Millionaire? Muito bom. Gostei de ver e, surpreendentemente, de ouvir.
Um Gajo Qualquer desafiou-me duplamente (e "gajo qualquer" não é menosprezo, é mesmo assim - e passem lá no blog que este indivíduo tem muito bom gosto musical) .
"Seis coisas aleatórias sobre mim" parece fácil e usar uma música para me descrever parece divertido.
Claro que vou subverter um pouco as regras - nomeadamente a parte da obrigatoriedade, mas ninguém se chateia por isso!
Quando era pequena cantava, com os meus também pequenos colegas de turma, as Janeiras. Chegava o dia, íamos bem agasalhados para a escola, saíamos de mão dada para dar a volta à freguesia, a professora Isabel dava o tom e nós gritávamos a melodia possível, como bando de catraios que éramos.
Alguns 15 anos depois (hoje, portanto) lembrei-me de Googlar a letra das afamadas Janeiras para recordar esses tempos. E...a desilusão.
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