Sábado, 3 de Abril de 2010

A Estória da Traça

Agora que sei que ainda não desistiram completamente deste blog (como eu fiz - shame on me), deixem-me contar-vos uma estória que ilustra como tenho estado ocupada demais para me alongar com umas palavras aqui.

Bagagem

Terça-feira, 23 de Junho de 2009

Salas de espera

Nem sempre a sala de espera tem quatro paredes e envolve uma senhora atrás do balcão a chamar pelo nosso nome.

Nessas, o folhear de uma revista de há quatro meses (onde os mais desatentos ainda descobrem novidades), a Praça da Alegria - sem som - ou a análise de escárnio das restantes pessoas no cubículo ajuda a passar o tempo.

Nessas, o ar condicionado que encuba microscópicas bactérias e as sopra em brisa leve para os nossos pulmões, torna a atmosfera mais agradável.

Nessas, os peixinhos do aquário com a sua memória Tom-ten-seconds, descrevendo a mesma rota em ciclo contínuo, confortam-nos com o pensamento de haver criaturas bem mais estúpidas que nós.

Nessas, há-de chegar uma senhora com voz de assistente de bordo e dizer "pode entrar", com o sorriso fingido que treina todos os dias com pessoas diferentes. Senão, pede deculpa e estima meia hora para nos atenderem.


Mas e nestas? Sem entretenimento ou distracção que nos valha, sem estimativas de tempo para acabar e ninguém para nos agarrar pelos ombros, abanicando firmemente,e nos gritar: mas do que raio estás à espera?!

Bem, vou ali mastigar um Tic Tac e já volto.

Nota: Caso se estejam a perguntar, estou só à espera de uma pizza, sim?
 

feeling: a folhear uma revista
Quinta-feira, 16 de Abril de 2009

Chuva, a quanto me obrigas

Já nem menciono (ups, mencionei) os problemas mais severos: a humidade que desalinha o cabelo e o drama do guarda-chuva revirado.
Ou as gripes que motiva, maioritariamente originadas e veiculadas por espécimes masculinos - porque, como todos sabemos eles acham que chapéu-de-chuva não é coisa de homem.
O peso da sombrinha na mala, que já transborda com as outras três mil coisas que temos mesmo de carregar diariamente - porque no dia que não as levarmos é certo como a morte que precisaremos delas.
O encerrar das esplanadas e a obrigatoriedade do casaco.
As sandálias (e havaianas, vá) num descanso quase eterno, alinhadas lá por casa.
O estado de espírito nublado, a condizer com a paisagem da janela.

Agora...
O que realmente é grave-e-chateia-e-aborrece-e-enfada, é que com este tempo torna-se inútil lavar os vidros de casa!
Ooohhh, infinita tristeza! Minh'alma de escrava isaura padece.

Vêem? Tudo tem um lado positivo.
TUDO.
 

feeling: ironia

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